domingo, 8 de maio de 2011

Web 2.0 e seus sites mais populares



O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web (famoso WWW) no qual reforça um novo conceito sobre a função da web nos dias atuais: trocar informações e colaborar com outros internautas em sites e/ou serviços virtuais. A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os usuários colaborem para a organização de conteúdo.

O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly e tem o seguinte conceito na wikipédia:

“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.”

            Baseado nessa nova concepção, o site Lista Web 2.0 busca reunir, com a colaboração de vários internautas, os principais aplicativos, sites ou plataformas que atendam a essa finalidade tanto desenvolvidos no Brasil ou no mundo. Seu critério de seleção é a popularidade e usabilidade de cada um deles. Também no site é possível socializarmos alguma nova rede social. Vale muito à pena!

sábado, 7 de maio de 2011

Histórico da EaD no Brasil e no Mundo

Podemos afirmar que o ensinou a distância apenas tornou-se possível a partir do surgimento da linguagem escrita, pois desde a antiguidade homens como Platão e São Paulo utilizavam epístolas para transmitir ensinamentos para seus discípulos. A partir do século XV surgiam as primeiras descobertas científicas e as cartas eram utilizadas para registrá-las e divulgá-las para outros pesquisadores.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos.
Segundo Saraiva (1996), o primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, onde o professor de taquigrafia Cauleb Phillips oferecia um curso de arte no qual as pessoas receberiam lições semanalmente em casa.
Em 1833, ocorre um anúncio semelhante na Suécia e em 1840 na Inglaterra. Porém, ações de fato que institucionalizassem a educação a distância teve início a partir da metade do século XX. Em 1891 a Universidade de Wisconsin organizou alguns cursos de extensão universitária por correspondência. Um ano depois, a Universidade de Chicago criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão daquela Universidade. Já em 1922, a ex-URSS, atual Rússia, organizou um sistema de ensino por correspondência no qual atendeu 350 mil usuários em dois anos.
Com o passar do tempo houve o aperfeiçoamento dos serviços de correios, meios de transporte e um grande desenvolvimento tecnológico na área da comunicação e da informação dando um novo impulso ao ensino a distância. 
A evolução histórica no Brasil inicia-se juntamente com o surgimento dos meios de comunicação e através da criação, em 1922, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro com um projeto de acessibilizar a educação através do sistema radiofônico (Saraiva,1996).
Dessa forma amplia-se a oferta do ensino não formal. Em 1939 surge o Instituto Monitor que oferece o primeiro curso por correspondência no país, de Radiotécnico. Logo em seguida expande-se por todo território o Instituto Universal Brasileiro que oferecia cursos técnicos. É importante ressaltar que, até então, toda a metolodogia de ensino a distância tinha como base a escrita e os materiais impressos.
A utilização do rádio na educação ganha força a partir da década de 40. Na Inglaterra, por exemplo, a BBC criou cursos de qualificação profissional e levou conhecimento a diversos segmentos da sua população. A Austrália por sua vez lançou sua Escola Radiofônica, levando aulas às pessoas que viviam nos lugares mais remotos. Aqui no Brasil podemos citar experiências relevantes como a Universidade do Ar do SENAC de São Paulo (1947), as Escolas Radiofônicas de Alfabetização do Movimento de Educação de Base (1956) e o Projeto Minerva que transmitido pela Rádio MEC e por onde milhares de pessoas realizaram seus estudos básicos.
O surgimento da televisão na década de 50 tornou-se um dos principais meios de comunicação para a difusão da informação tornando possível não somente cursos livres, mas também cursos regulares.
Inicia-se então, a partir da década de 70, o Telecurso, um programa de educação supletiva, criado pela Fundação Roberto Marinho, o Projeto TV Escola do MEC e emissoras educativas como a TV Cultura de São Paulo, TVE do Rio de Janeiro, entre outras. Assim, diversas fundações privadas e organizações não-governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, através da teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos.
Nos anos 80 surge o computador, sistema de informação que permitia troca de dados através de sistema eletrônico. Esse novo meio de comunicação revoluciona não apenas a tecnologia de comunicação e informação, mas também a área educacional.
O grande impacto da educação a distância ocorre a partir da década de 90 quando ela passa chamar a atenção das instituições de ensino superior. Em 1992 o governo federal cria a Coordenação Nacional da EaD, vinculado ao Ministério da Educação, e um convênio de cooperação para a implantação Universidade Aberta de Brasília (lei 403/92).
O surgimento da internet e das novas tecnologias da comunicação e informação (TIC) possibilitaram grandes avanços na educação no século XXI. Hoje existem variados meios disponíveis tais como: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs e plataformas de ambientes virtuais. Esses recursos além de ofertar o EaD em larga escala, possibilita a interação entre alunos, professores e tutores. 
Sua normatização no Brasil ocorreu de fato pela primeira vez em 1996, através da Lei nº. 9.394/96, no qual passou a ser considerada como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Dessa forma, algumas instituições de ensino passaram a oferecer cursos de especialização a distância.
Finalmente, quase dez anos depois, no dia 19 de dezembro de 2005, o Ministério da Educação e Cultura, através do decreto nº. 5622 nos apresenta o conceito oficial de Educação a Distância:

          (...) é uma modalidade educacional na qual a mediação didática pedagógica, nos processos de ensino e aprendizagem, ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.


Analisando toda a evolução e histórico da educação a distância tanto no Brasil quanto no mundo, podemos constatar uma grande ampliação da interatividade entre os participantes do processo educativo. A ação educativa passa a não estar mais centralizada no professor com a função de detentor do conhecimento e nem do aluno visto como mero receptor de informações. Ambos interagem e são produtores de conhecimentos.
Podemos caminhar para um modelo de educação que permita um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e coletivas. Dessa forma é possível avançar, trocar experiências, esclarecer dúvidas e, principalmente, utilizar-se dessas novas tecnologias e acessibilizar a educação para que se criem sujeitos mais autônomos, construtores e socializadores do conhecimento.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Decreto n. 5.622, de 19-12-2005. Regulamenta o art. 80 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
MEC. Portal. Secretaria de Educação a Distancia (SEED). . Acesso em: 07 mai. 2011.
ROMISZOWSKI. Alex. Uma visão histórica da evolução da Educação a Distância. http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=11&texto=624  Acesso em: 06 mai. 2011.
SARAIVA, Terezinha. Educação a distância no Brasil: lições da história. In: Brasília, ano 16, n.70, abr/jun 1996.

Como tornar o estudo EaD eficiente



Modalidade exige muito mais do que um computador. Saiba como aproveitar os benefícios e contornar as deficiências do método de ensino.

Se ao invés do tradicional ensino presencial você optar por um curso a distância, saiba que não basta apenas substituir às salas de aulas por um computador. Embora a modalidade não estipule grande horária fixa e permita a realização de atividades simultâneas, é preciso saber priorizar os estudos, planejar a rotina acadêmica e recorrer aos recursos tecnológicos. Confira oito dicas da Universidade Aberta de Madri (UDIMA) que vão auxiliá-lo a tirar proveito dessa metodologia e tornar o seu processo de aprendizagem mais proveitoso.

1. Organizar o tempo
Defina o tempo necessário de dedicação aos estudos e respeite-o. Ainda que a educação a distância permita realizar simultânea outras atividades (trabalho, família, entretenimento), o segrego está em encontrar o equilíbrio entre os distintos ambitos da vida pessoal.

2. Seja sensato
Nem sempre é possível dedicar-se integralmente aos estudos. Portanto, seja realista e não assuma mais matérias do que a sua agenda permite. Isso porque, ao invés de agilizar a conclusão dos estudos, poderá acumular reprovações.

3. Aproveite as TIC’s
Para não se isolar no processo de aprendizagem à distância recorra aos recursos tecnológicos disponíveis nas salas virtuais. Ferramentas como fóruns, wikis, chats, vídeos e realidade virtual, além de incrementarem o ensino/aprendizagem, são pontos de encontro de estudantes e docentes.

4. Motive-se
Ainda que a maioria dos estudantes desta modalidade não disponha de muito tempo para o estudo, é necessário encontrar a motivação para cumprir as atividades propostas pelo curso ao menos uma vez por dia. Não deixe que a rotina cansativa de trabalho te desvie desse foco. O ensino a distância exige consistência.

5. Priorize sempre
Identifique as obrigações e as tarefas mais urgentes para realizá-las em primeiro lugar. O ideal é estabelecer metas diárias e realistas. Programe metas relativamente fáceis de ser alcançadas.

6. Amplie os conhecimentos
Desperte em você a inquietude pela descoberta de novos conhecimentos e não se limite apenas ao conteúdo das aulas. Consulte fontes complementares para favorecer a expansão dos aprendizados.

7. Não tenha vergonha de perguntar
É necessário ter uma relação fluída com professores e tutores. Na educação a distância você terá uma atenção personalizada, individualizada e permanente. Use e abuse desse benefício.

8. Realize as atividades e exames nos prazos indicados
É aconselhável que realize a tempo as atividades e os testes propostos pelos professores ao longo do curso.

EAD, Tutoria e o Processo de Aprendizagem



         Para a construção de um projeto pedagógico focado no aluno, devemos considerar como características essenciais de um curso na modalidade EAD, o desenvolvimento da autonomia e a garantia da aprendizagem por parte de seus alunos.
         Assim, podemos considerar que os cursos realizados através da educação a distância se direcionam para um processo educativo que considera o conhecimento do aluno e estimula constantemente a sua autonomia. Portanto, o aprendizado ocorre através da interação com os tutores, colegas de curso e por meio dos recursos disponíveis no ambiente de estudo, no qual o aluno vai aprendendo e contribuindo com o seu conhecimento.
         Ao analisarmos os impactos causados por esses cursos, podemos destacar o trabalho desenvolvido pela tutoria. Ao tutor cabe criar estratégias e ações para proporcionar um ambiente rico de aprendizagem que faça o aluno desenvolver autonomia para seus estudos e ser constantemente estimulado a superar suas dificuldades e limitações.
          A tutoria tem o papel de ser facilitador da aprendizagem, estimulando o aluno constantemente e ajudando-lhe a ser organizar durante os estudos, além de orientá-los para que esses atinjam os objetivos estabelecidos durante o curso.
         Todas as ferramentas de interação de um ambiente de aprendizagem, juntamente com as estratégias de interatividade elaboradas por parte da tutoria, devem procurar valorizar as idéias do aluno, conhecer seu perfil, valorizar sua identidade e suas diferenças no grupo. Cabe também a ela estimular discussões, exposição de idéias e trocas de experiências. Assim o aluno vai construindo o seu conhecimento de forma significativa e interagindo a todo o instante.
         Referente ao impacto desses cursos na avaliação da aprendizagem, vale destacar as estratégias avaliativas onde o conhecimento é construído através dos estímulos, pesquisas e questionamentos do próprio aluno.
        Assim, podemos destacar que o processo avaliativo de um curso EAD é focado na aprendizagem do aluno, na análise da sua capacidade de reflexão crítica e colaborativa diante das próprias experiências e das vivências compartilhadas com colegas.
         É importante também destacar os recursos disponíveis nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que contribuirão para o desenvolvimento de atividades que permitirão o aluno desenvolver, durante todo esse processo, sua autonomia e seu conhecimento. Entre eles podemos relacionar: os fóruns de discussões, os chats, as wikis, blogs, enciclopédias coletivas, biblioteca virtual, material didático, vídeos, web conferências, podcasts, entre outros...
         Diante das diversas possibilidades apresentadas, seja na tutoria ou nos recursos avaliativos, podemos perceber que todas elas possuem o mesmo foco: provocar no aluno a reflexão, a capacidade de interação plena para que ele construa o seu próprio conhecimento e torne-se cada vez mais autônomo.


Referências

BELONNI, Maria Luiza. Educação a Distância. 4. ed. São Paulo: Autores Associados
LEAL, Regina B. A Importância do Tutor no Processo de Aprendizagem a Distância. Revista Iberoamericana de Educación. Acesso em: 12 abr. 2010. Disponível em: http://www.rieoei.org/deloslectores/947Barros.PDF
MORAN, J. M. O Que é Educação a Distância. Acesso em: 17 abr. 2010. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm